terça-feira, 27 de março de 2018

Fundamentos da justiça divina e lei do retorno: pra quê?

O que me importa acreditar que tudo o que se faz volta para quem fez se fazendo o bem tenho recebido o mal? Se cercada do amor de muitos, encontro-me inalcançável (e só). De que me vale o consolo de pensar que quem me fez o mal vai receber o mal no futuro se toda dor agora é somente minha?

Não senhoras e senhores. Não me importa a justiça divina. Não me interessa a lei do retorno. Nenhum mal que volte a quem mal me fez vai aliviar um décimo do sofrer que passo agora.

Desse modo, dizer que Deus está vendo o mal que me fizeram, não faz nenhuma diferença. Especialmente quando sei que existem tantos humanos brincando de ser deus.

E então, o que eu espero afinal?

Em meu mundo, que de tão simples torna-se perfeito e, portanto, impossível, existe a resposta em seguida do gesto. O gesto é o arrependimento; a resposta, é o perdão.

O antídoto, a felicidade.

O desejo é que quem hoje faz o mal seja feliz. Mas tão feliz que seja capaz de sofrer pela remota possibilidade de causar dor a outra pessoa.


Um comentário:

Anônimo disse...

Se eu faço o mal a ti eu me firo pois algo que faz mal a ti faz a mim também , somos uno , uma mão não possue um pé pois é apenas um corpo,um todo, tua mão não fere teu pé pois machuca o corpo, karma não é punição , é consciência, a natureza age para que tenhamos consciência e ficaremos nesse ciclo até dominalo até que possamos passar para o próximo. Os ocidentais trazem um significado erroneo para karma, falando como se fosse punitivo mas ele é um professor que nunca foge do contexto de causa e efeito.