Durante esses 7 anos que escrevo, reuni um público de leitores interessados em meus textos.
O blog nunca foi segmentado. Muitos foram os textos sobre
depressão, sobre suicídio, sobre angústia, sobre tristeza.
Sempre tive uma alma muito triste. Mais por sensibilidade que pela
tristeza em si. Por essa capacidade apurada de perceber e sentir as coisas mais
sutis do modo mais intenso que cabe a um ser humano.
De todos os julgamentos que me fazem, ninguém pode dizer que contenho
sentimentos. Eu transbordo o que sinto. Talvez porque seja amante da verdade e acredite
em sua sublimidade inalcançável em plenitude, eu insista tanto em rasgar no
verbo tudo o que sinto. Toda verdade sem cerimônias e sem me preocupar com a
dureza da palavra que a expressa.
Hoje, ainda guardo em mim um quê de tristeza. Agora, mais por empatia
que pela tristeza em si. E acredite, eu não me importo em sofrer arranhões se
em troca eu puder salvar alguém do precipício. Muitas vezes eu choro por
pessoas que não conheço. Quase sempre eu sofro por uma dor que não sinto, mas
sei que outro sente. Eu consigo sentir cada lágrima de quem chora desistindo da
vida e procurando libertar-se da dor recorrendo ao suicídio.
Quero que se por acaso você se encontra em um estado semelhante, busque
um motivo ou lembrança de algo que te deu alegria! O nascimento de uma criança,
um passeio com seus pais, uma situação de quando você era criança, uma festa
com seus amigos...
Pense em alguém que você ama sorrindo.
Pensou?
Se sim, eu tenho certeza que você sorriu. E quem sorri porque lembrou do
sorriso de alguém, precisa continuar vivo para não matar essa lembrança.
Precisa continuar vivo para ser o motivo do sorriso de alguém quando esse
alguém lembrar de você.
O suicídio não mata somente a dor. O suicídio mata qualquer oportunidade
que a vida te dá de ser feliz.
Viva!
Um comentário:
Concordou!Eu diria que o suicídio é fuga, covardia e egoísmo para com aqueles que aprenderam a amar essa pessoa de forma incondicional! Viver é desafiar as peças que a vida nos prega. Deixar de viver é desistir fácil demais dos objetivos que foram traçados, por si próprio para serem conquistados!
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