domingo, 11 de outubro de 2015

SAGRADO, PROFANO, DOIS DEDOS DE ARREPENDIMENTO E ODE À CONTRADIÇÃO

Oi.
É duro quando queda-se na vida uma pessoa que não tem mais nenhuma estrutura sólida em sua vida.
É duro quando de tanto levantar e cair alguém não consegue mais olhar pro alto.
Seria vitimismo dizer que as pessoas me fizeram assim? 
Seria vitimismo dizer que fui decepcionada?

Pra maioria das pessoas, sim!
Mas eu acredito muito (e eu acredito em pouquíssimas coisas hoje em dia) que um é co-responsável pelo sentimento que desperta no outro.

Não falo em proporções. Não existe um discurso de: você me fez infeliz ou você me faz feliz. Ninguém faz ninguém. Você se faz, eu me faço. Mas que em mim tem muito ou pouco de você e vice-versa, isso eu aposto, atesto, afirmo e provo. Enquanto eu estiver viva, eu sou a prova!

Há mais de 1 ano, minhas estruturas começaram a se abalar. Todos nós somos hipócritas em certa medida pois em todos temos heróis e vilões em uma arena chamada perso
nalidade. Admito no entanto, que dá muito trabalho ser falso. Dá muito trabalho ser político e se comportar para ser aceito em todos os lugares e por isso a cada dia tenho sido mais honesta e menos hipócrita.

Do mesmo modo, pelo excesso de verdade que aproxima, mas infelizmente, afasta muitas gente, às vezes acabo ferindo pessoas queridas e isso não é legal. É a co-responsabilidade que foi aqui citada. E essa ação caminha muito perto do respeito. 

Não tenho vergonha em me retratar por algo que eu disse/fiz/compartilhei e feriu outra pessoa. Não me dói pedir desculpas e dentro de mim abrigo todas as contradições do mundo e também as que estão fora dele.

É muito duro se transformar assim como me transformei. Metamorfose identitária que pode sofrer outra transformação, mas jamais voltar à primeira. 

Às vezes tenho saudade de quem eu era. Mas depois que se come do fruto e os olhos se abrem, não dá mais pra fechar e fingir que nada aconteceu. Contudo, não desejo que o mundo se torne assim. Ainda quero ver esperança e fé nos olhos das pessoas que eu amo. 

E quem dera ainda ter isso nos meus olhos também...






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