quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Espelho

Quando eu te olhar e a estrela sorrir, a lua vai suspirar e se esconder.
Não é de medo ou vergonha, mas de alívio por missão cumprida.
Tantos sonhos não vividos, tanta vida esperada e tantos sonhos pensados e até arquivados pelos anos do desencontro.
Tudo isso guardado.
A rosa que não abria,
O pássaro que não cantava,
A fruta que não amadurecia...
Toda a dor encontrou na poesia o seu antídoto e nós somos a rima perfeita.
A dor da espera.
A dor da revolta da quase conformidade de ser incompleto por toda a vida.
Quando eu te olhar eu vou te reconhecer.
Quando eu te olhar eu vou me conhecer.
Quando eu te olhar.

18/09/2014 ------- 00:29

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