sábado, 12 de julho de 2014

O homem bom, mau e justo

O homem pode ser bom e mau ao mesmo tempo ou escolher e se colocar acima disso. O que está acima do bem e do mal é a justiça. Apenas homens justos conseguem sobrepor-se ao significado de bondade e maldade.

Se de fato, a bondade e a maldade não existem. O homem que é bom para ele e para os outros é aquele chamado justo.

Mas existem homens justos? O equilíbrio que faz com que o homem alcance a justiça só pode ser atingido pela plena consciência de que a moralidade é apenas bom costume. Um homem justo é cético. O homem justo consegue olhar para o outro e, sabendo que está sendo traído, permanecer frio, porque entende que a essência do homem é podridão.

O homem justo mostra quem é. Não se esconde em ideologia. Não se justifica em religião ou qualquer código exterior a ele. O homem justo não esconde quem é. Todo homem que parece bom aos olhos do outro, não é justo para si mesmo. O homem se preocupa em ser justo primeiramente com ele. A justiça não pode ser ocultada. Todos sabem que um homem justo quando ele não esconde seus erros.

O homem bom deve escolher entre ser bom para ele ou ser bom para o outro. O homem que escolhe ser bom para ele, não deve procurar relacionamentos duradouros com outro ser a não ser com ele mesmo. O homem que consegue encontrar prazer nele mesmo é completo em sua bondade.

A bondade do homem para seu próprio prazer, não se relaciona a dor do próximo. Não existe próximo ao ser humano que vive para satisfazer seus próprios desejos. Melhor seria se houvesse concordância, mas ainda que o homem traia e engane a pessoa que ele fez acreditar que a ama, ele é considerado bom. A bondade está em satisfazer o prazer dele próprio. Isso porque o homem que trai, não o faz pensando no outro, faz pensando nos benefícios a si mesmo. Geralmente, o mal que a sociedade entende que se faz contra ela, é o bem que o executor procura fazer a si mesmo.

O egoísmo é a maior expressão de bondade do homem a si mesmo. O altruísmo é egoísta da mesma forma, pois justifica o homem a fazer o bem, porque o bem que ele faz promove o seu próprio bem.

Sendo assim, a maldade in natura só pode ser vista à luz de patologia mental, a saber, a psicopatia. Ainda nesses casos, não pode ser considerada puramente maldade, uma vez que o homem não goza de perfeitas faculdades mentais. Nesses casos, a sensação de prazer é obtida pela consciência da dor que provoca em outra pessoa.

A ideia de sadismo, não está manifesta apenas na prática sexual. O sádico é mau porque o precisa da consciência da dor do outro para se satisfazer.


Ademais, todas as atitudes humanas são justificadas pelo sentido de autoconservação. O mau que o homem faz, não é para ferir o outro, mas para causar o seu próprio bem. Avalie-se, portanto, as ideias de bondade e maldade do ponto que o próprio ponto é você mesmo. O próximo não existe diante da necessidade do homem.

Hellen Taynan - 12/07/2014 --- 07:17

Nenhum comentário: