Na primeira vez que te vi, estávamos numa praça e você sentiu quando uma criança caiu da bicicleta.
Será que teria sido pela queda ou por ela estar sozinha?
Você estava sozinho. E logo vi.
Uma vida de abandonos. Abandonos primariamente afetivos, depois físicos. Tantas coisas que ficam difíceis encarar, impossíveis resolver. Como diria o poeta, "o mundo é mesmo um moinho". Talvez ele triture nossos sonhos ou talvez nossos caminhos e evitem tal processo e assim passamos a vida varrendo para baixo do tapete o que constitui quem somos e tudo aquilo que nos faz viver.
Às vezes acho que quem está vivo é, antes de tudo, um ser de coragem! A gente sofre pelo rompimento primário do cordão de nossa mãe, mesmo assim insiste em viver e procurar outros cordões que justifiquem nossa existência. E não se engane! Todos estamos presos por um cordão que, senão previamente determinado, artificialmente atribuído.
Quais cordões te prendem?
Liberte-se!
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