sexta-feira, 27 de abril de 2018

APENAS UM BILHETE

- Hellen, por que você faz isso?

- Todos os conselhos que recebo para seguir em frente, bem como as críticas por eu insistir em não seguir, só me levam a perceber, como as pessoas são iguais. Não é à toa que o mundo é como vemos. Os habitantes pintaram o mundo com cores tão fortes que, sobrepostas, o escureceram. E o fato de eu estar neste mundo, dá-me também o direito de redesenhá-lo e colorir com as minhas cores.

É bem verdade que me sinto como o beija-flor que na história tenta apagar o incêndio da floresta sozinho, carregando água em seu bico...
Contudo interessa-me dizer que jamais irei me arrepender de nada do que fiz para tentar suavizar as cores deste mundo. Sempre que insisto em uma situação, é porque eu sinto que de algum modo, poderia derramar ali, a tinta da felicidade. Da valorização do outro, do sentimento de que ninguém pode ser substituído e de que não é normal acostumar-se a dor.

Se no caminho daquilo que eu acreditei ser o indício de novas cores eu me deparo com engano... Se nas situações em que insisto, por insistir, dizem-me louca ou estranha... Ainda assim não há arrependimento.
Antes, eu me dou conta do meu erro. E percebo que aquela pessoa ou situação na verdade, em nada diferia dos tons que não me caem bem. Acabam de certo, por serem todos iguais, o que não é tão ruim, afinal, todos se acostumaram. Alguns são capazes até de jurar que gostam.
E eu... Eu continuarei entregando amor.

- Hellen, por que você faz isso?
- Porque cada um dá somente aquilo que tem.

Com amor,

Hellen Taynan
27/04/2018 (madrugada dentro e fora)

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