segunda-feira, 30 de outubro de 2017

LUAR INSONE

Queria que por uma noite, 
a tua insônia combinasse com a minha. 
Então eu pensaria tão alto em você 
que de longe você escutaria. 
Iria cada um de sua janela, olhar a mesma lua. 
Eu porque te esperava, você porque te chamei. 
A gente fazia um laço e encaixava na ponta da lua. 
Brincava de balanço para lá e para cá durante toda jornada. 
Saberíamos que a cada balanço, mais perto nós estaríamos. 
Depois já quase pronto o sol, não saudosa e sem pranto, 
a lua marota permaneceria atenta. 
Não sairia de perto até que nosso laço virasse nó 
Até que nos encontrássemos 
e fizéssemos de todas as noites, 
eternas madrugadas. 

Nenhum comentário: