É, por aqui as coisas continuam do mesmo jeito. Diria que estou mais forte! Foi Nietzsche mesmo quem disse que aquilo que não nos mata, nos fortalece. E talvez seja isso mesmo. Mas talvez, também, não fosse preciso sofrer tanto. Na verdade eu sempre duvidei de que para aprender fosse necessário chegar ao extremo da dor. Ou ao menos duvidei do fato dessa dor não precisar ter um limite. É isso! Toda dor necessária ao crescimento precisa, clama, urge, implora por um limite!
Um limite que nos impeça de agir impensadamente. Um limite que nos impeça de ficar prostrada numa cama por dias, dias e dias... Um limite que nos faça lembrar do que sentimos pelo outro e em nome disso reconsiderar posicionamentos, decisões, atos e palavras.
É... Por aqui as coisas continuam do mesmo jeito. A tempestade fez estrago apenas em mim. Tudo mais permanece igual. Há dias em que acordo e que quase te chamo. É difícil saber que mesmo que eu tente impedir, o sol vai estar lá fora brilhando quando o dia raiar. É cruel lembrar da verdade de Shakespeare que grita aos meus ouvidos que não importa em quantos pedaços meu coração foi partido, o mundo não vai parar esperando que eu o conserte.
A cada dia uma voz me convence que você não gosta de mim. Outra voz me diz que você gosta. Sei que ao menos uma é razão, só não sei qual. Ou talvez eu não queira saber porque como eu te disse, por aqui as coisas continuam do mesmo jeito. Às vezes tento te incriminar como assassino de meus sonhos. Mas nem por isso levas culpa nenhuma porque a cada manhã se renova essa esperança, esse feixe de luz, de sonho e vontade de recomeçar. Então eu sigo acreditando que cada noite a mais, marca um dia a menos da gente se reencontrar e reescrever as linhas que pelo caminho se desviaram.
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