sexta-feira, 1 de julho de 2016

A DOR DE QUEM FICA

E nesses dias que você deseja não estar ali. Que você tenta em desespero, consumir a última gota de álcool a fim de que esse gesto possa lhe tirar a percepção daquilo que é real, porque a carga é grande demais para que você suporte. A sensação de impotência. De não acreditar e de nunca aceitar que alguém assim como você seja capaz de ferir outro alguém assim como você. E nesse turbilhão de emoções, a que mais prevalece é a impotência. A dor de não poder voltar arás de ficar paralisado ao último ponto em que Deus te olha e diz: você não pode. 
Só Ele. Só Ele pode. Ele permite. Por Ele isso acontece. Você não sabe, eu não sei. Ele sabe! Revolta? Talvez. O momento é por demais tenso para pensar em rebelar-se contra o único amigo que se pode ter, seja lá como se chame.
É dor.
É o golpe com ferro na cabeça de alguém, é o caco de vidro na garganta de outro. São as balas perdidas, os automóveis em alta velocidade. É o caos. É a violência. É a religião. É a doença. É quem mata sem querer, é quem vive para matar. É a morte, senão.
A morte.
O fim da esperança. O fim de quem foi só esperança. E morreu desejando acreditar.
É a saga de quem continua a lutar para ir onde outros não foram. Mas se estivessem aqui iriam.
A morte que mata quem morre e faz doer em quem fica, motiva a lutar pelas causas que deixaram, mas nunca deixaram de acreditar.
Lutemos!

2 comentários:

JOELSON GOMES disse...

Seja sempre assim! :) :(

Anônimo disse...

A morte encamento que faz da natureza humana quando vem em violenta com dor leva o parte de nos. Leva lembrancas, leva um parte de nossa felicidade. Mas como os dias vivemos e quando dormimos morremos e acordamos pra mas um dia ou em mais sonho que o espetáculo da vida.