A gente se acostuma a viver.
Vivendo a gente descobre que a vida não é perfeita porque nós mesmos que construímos a vida não somos. Assim, a gente se acostuma a aceitar o que não muda.
Não mudando a gente pensa que é normal sofrer e se acostuma às situações de desconforto e lamento.
Lamentando a gente chora todo dia por não ter a felicidade, até chegar o momento que a gente se convence que a felicidade não existe e a gente se acostuma ao que é normal.
Sendo normal a gente deixa de esperar aquilo que sonhou, porque somente os sonhos são perfeitos e a gente se acostuma.
A gente se acostuma a ausência daquele amor, que não importa quantos anos passem, prevalece.
A gente se acostuma a reprimir os desejos de ser feliz para agir racionalmente.
A gente se acostuma a ser suicida de nossa paixão, corpo e mente, mas um suicídio masoquista.
Por que a gente se acostuma a morrer um pouco a cada dia, tomando doses lentas do veneno que nos acostuma a sorrir por fora enquanto chora por dentro.
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