quinta-feira, 28 de maio de 2015

DEUS E NIETZSCHE

O que acontece?

O que resta dentro de um homem que se esvaziou do nada chamado Deus e não foi preenchido pelo tudo, designado homem?

Porque se para o cristão a verdade é Deus e para a filosofia existencialista a verdade é o homem e  se o ser, dotado de inteligência não aceita a verdade divina e muito menos acredita que do homem possa vir verdade, o que preenche dentro dele o vazio?

Um vácuo. Um sopro de loucura e um descontentamento perene onde o nada não conforma, o pouco não supre, o tudo não existe o equilíbrio é utopia.

Assim sou eu. E não é de hoje. Não é novidade.

Na inconformidade e no descontentamento, a sina de abafar a infelicidade com medicamentos. Nesta dependência psicotrópica, ter que lidar com a pergunta desconfortante “já tomou seu remédio hoje?”. Com revolta no peito, como se a dor de viver fosse ser curada com drogas, eu respondo “sim, tomei”. 

E agora?

Tomei o remédio e continuo mal. Explique isso! Não explica. Emudece.

Claro! Emudece porque contra a dor de viver, não existe remédio.


Nenhuma droga dessas de farmácia preenche o vazio da vida. Mas há de haver alguma que preencha. Eu invejo quem um dia encontrou a sua.

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