quarta-feira, 15 de abril de 2015

FATÍDICO FATO

Hoje eu acordei e cheguei a uma conclusão.
Isso me fez maldizer o dia porque não gosto de conclusões. Mas o dia estava começando...

Bom, a conclusão é que eu estou vivendo por obrigação.

Obrigação e não motivo.
Por obrigação eu levanto e cumpro as tarefas que têm que ser cumpridas. Apenas pela obrigação de serem cumpridas.

Não existe pedido de perdão por ter destruído a vida de alguém. Porque eu nunca vou entender como se chega e diz:

"Ei, foi mau aí por ter destruído tua vida."

Sábio é Nietzsche quando diz que quem pede perdão o faz por puro egoísmo em saber que, ao obter o perdão do outro, vai viver aliviado do peso da culpa pelo que fez. Quem se desculpa, não quer o perdão porque se arrependeu do mal que fez, ele quer o perdão porque quer se aliviar da culpa.

E o que torna um ser humano mau não é ser mau. O que torna um ser humano mau, é ser mau fingindo ser bom.

Todos já representaram algum papel em algum momento na vida. Se nunca, um dia vão, acreditem! Acontece que existem papéis que funcionam como posturas. Por exemplo, pode ser que você tenha um espírito jovem ou que goste de uma vida boêmia... Que tenha hábitos noturnos e que ame as artes, toque numa banda de rock e chame muito palavrão. Ou que seja fã do Luan Santana, membro do fã clube do Pablo e que na segunda-feira, precise comparecer à uma audiência, na qual é juiz. Nesse caso, você tem que assumir uma postura profissional. Assim funciona. Pelo menos deveria.

Pessoas que assumem diferentes posturas, não são necessariamente más. Elas assumem posturas e não máscaras. As pessoas que usam máscaras são ardilosas. Elas se aproveitam das fraquezas das outras e sabem exatamente onde atingi-las. Destroem-nas e depois seguem suas vidas normalmente como se nada tivesse acontecido até encontrar a próxima a ser destruída.

Fui apenas mais uma que acabou.

Enquanto houver esperança obrigação, há vida.


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