Oi.

No meu aniversário não peço presentes. Peço a presença de todos que amo. É quase como um luto: preciso estar cercada de amor por todos os lados para sobreviver a este dia tão penoso.
Ao me olhar no espelho, busco responder quem eu sou e a que vim a este mundo. Medo? Se eu tivesse medo da vida, acredito que não estaria mais nela. O que eu sinto é saudade. Mas a saudade só faz bem a quem sabe lidar com o tempo.
O tempo.
Tempo: eu ODEIO você!
Não é que eu tenha medo da vida, o fato é que eu não sei viver. Não aprendi a dançar essa coreografia fria, dura, seca e cruel em que baila a vida.
Detesto a sensação de fim e o tempo leva ao fim. As flores murcham, as folhas secam, a música acaba, as pessoas morrem... Morrer... É essa dor implacável da separação física que me incomoda. Quem pode dizer o que sucede o último suspiro?
A certeza de uma vida eterna, funde-se à dúvida do que fica. O afeto fica? Os laços de amor mais tenros sobrevivem na eternidade? Eu vou olhar para os meus e reconhecê-los?
Deus, afasta de mim o cálice amargo da dúvida, leva esta dor, tira este sofrimento pelo que ainda estar por vir e dá-me a Tua paz. Eu preciso.
Amém.
=/
Um comentário:
Olá!
Nasci no mesmo dia que tu mas uns anos mais cedo, em 73...
Identifiquei-me mt com o teu desabafo...Para mim, o meu aniversário tb é um dos piores momentos do ano...K fazer? Pode ser k algum dia, estas sensações e sentimentos mudem...
Bjs
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