segunda-feira, 20 de julho de 2015

A INFELICIDADE QUE ME CABE

Porque se remar para esquerda ou para direita, tanto faz.
Se ficar parada, o destino é o mesmo.
Se for pra trás é destino infeliz.
Para frente, infeliz destino é.

Cada um tem a infelicidade que lhe cabe e eu não sei qual é a minha.
Se infeliz viver assim,
Infeliz viver a sós, com ela e outra dela.
Mas ambas dentro de mim.

Infelicidade que me cabe e eu não caibo dentro dela.
Sendo mais triste que infeliz.
Triste e sem certeza.
Certa que a certeza é loucura.

E certa que tenho certeza que louca neste mundo não sou.
Apenas não tenho lugar.
Loucos não são infelizes,
De olhar perdido e riso frouxo, de alegria inconteste.
Não infelizes.

Sendo eu assim, oscilante entre o triste e o infeliz,
Sigo em dúvida, sobre qual infelicidade preferir.
Posso fazer rir, quando tudo em mim chorar.
Finjo, minto às vezes não ser infeliz,
Mas o que queria mesmo era nunca ter estado aqui.

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