Tudo tem um tempo e tudo dura um tempo. Um tempo curto demais para se perder pensando no tempo que não teremos mais tempo. Um tempo que é único e que foi reservado especialmente para aquele momento, naquele tempo.
Ele apareceu em minha vida quando eu mais precisava de carinho, de atenção, de um amigo enfim. Ele apareceu num tempo onde eu acreditava que o tempo havia acabado. Primeiro era um apelido num chat da internet, depois ele me ligou uma vez e outra e outra... E a cada ligação, ele me ouvia. Melhor, ele sentia e se importava com o meu tempo. O meu mau tempo. E era tudo o que ele me dedicava, seu tempo.
Um tempo precioso que em minha vida fez tanta diferença a ponto de não deixar que o tempo levasse embora as doces lembranças daquele tempo.
O tempo passou e a distância aumentou. E a distância pode-se medir pelo tempo também. Então um tempo depois eu o reencontrei, mais uma vez num tempo virtual mas num tempo melhor para mim e eu não quis perder tempo e o contei como eu estava bem, como o tempo me havia mudado e como o tempo mau contribuiu para me fazer chegar num tempo bom. Durante esse tempo, pela primeira vez eu me importei com o seu tempo mesmo assim te dei pouco tempo, meu amigo. Ainda mais quando a gente nem sabia que seu tempo estava no fim.
Você se foi... Eu soube hoje! Ora, 1 ano depois é tanto tempo, mas o tempo passou em minha mente e eu lembrei do quanto você significou em minha vida em um tempo que se eu pudesse voltar, teria também dedicado mais do meu tempo a você.
E agora, o café esfriou. A música acabou e o tempo não volta mais. Você teve o seu tempo e nós tivemos o nosso tempo de sermos amigos, de doar nosso tempo. Obrigada por seu tempo. Perdoe minha falta de tempo. E tudo bem que Papai do Céu não quis te dar tempo de você chegar aos 35 e casar... O café esfriou. O café é a vida; e a vida fria, não tem graça. Agora você dança a música que nunca acaba, você bebe o café que nunca esfria.
Eu te amarei pra sempre, meu amigo, eterno amigo, Lucav.
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