sábado, 28 de maio de 2016

THE END

Não era preciso dizer lá do fundo para ela saber que dessa vez era pra sempre. 
Jamais se sentiu tão triste. Um sentimento despedaçado, um coração em migalhas e nenhum ombro para apoiar.
A tristeza que reflete cada cada olhar e até no riso desesperado, louco, assim como se quisesse esconder o inevitável. Cada gesto, cada palavra caminhava para o adeus. E de tudo ela se culpava. Se pudesse mudar a história, ser outra pessoa ou fechar os olhos como era antes e então tudo seria igual. Porque isso de diferente, não dá mesmo muito certo. Se sentia culpada pelo dano irreparável, pela dor irremediável que ela causara a ela mesma e a outra pessoa.
Pequenos riscos que afundaram em rachaduras e depois se desfizeram... E a vida é como um vidro. Um cristal que deve ser cuidado. Não se junta os cacos. Não se repara o estrago. Hoje ela sabe que a dor de sofrer por um amor não correspondido é menor do que a dor de não corresponder um amor.
Às vezes é mesmo necessário viver antes de concluir uma questão, estabelecer um pensamento e debruça-lo em palavras. Porque cada palavra corta. 
Hoje ela vê como é lindo o olhar de quem sonha. E assim deseja que nunca acordem aqueles que acreditam no amor.
E diz a quem um dia encontrar um amor de verdade, que não se aventure em novas fantasias. Se a fantasia te despertar amor, a outra parte não está se importando. Ela quer te usar. Assim sem compromisso, como um escape pro seu desejo. Assim como usou tantos para satisfazer suas paixões.
Se ela pudesse fechar os olhos, voltaria 2 anos em sua vida, teria feito diferente, teria se distanciado do abismo, teria freado a queda, teria evitado o fim. 
Agora só resta mesmo seguir em frente, buscar outras causas para lutar. Aquelas que o amor supera a paixão. E deixar que a vida siga, que os dias passem. Cada um no seu lugar, dando o amor que tem, recebendo o amor que merece.
The end.

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